O Cavalo e a Mosca
O Cavalo e a Mosca
Estava um calvo tomando fresco à sua porta; uma mosca importuna vinha de
contínuo pousar
‐lhe na calva; o homem acudia com a mão; ela, porém, ligeira fugia, e
depois voltava. Deste modo dava o calvo em si próprio grandes taponas, e a mosca riase
de gosto. " Ride
‐vos embora, disse o calvo; pouco me doem essas pancadas, e basta
que de alguma vos pilhe para vos castigar."
MORALIDADE.
‐ Os importunos riem‐se quando vêem malogrados os esforços das
suas vitimas para se livrarem deles; basta, porém, que um desses esforços seja bem
sucedido, para que paguem por junto o novo e o velho.